sábado, 3 de novembro de 2012

Classe Condrichthyes

(gr . Chondros = Cartilagem / Ichthys = Peixe)
Os peixes cartilaginosos são representados pelos tubarões, peixes-serras, raias e quimeras. Todos são predadores, habitando principalmente as águas marinhas.
A características que mais chamam a atenção, é o esqueleto desses animais, que é completamente cartilaginoso, o que originou o nome da classe.




Algumas características do peixe muçum

Forma corporal lembra uma cobra, mais comprimido apenas para trás do ânus. Olhos pequenos situados bem à frente da cabeça. Cinza-escuro a castanho, freqüentemente com manchinhas mais escuras esparsas pelas cabeças e corpo. Não apresenta nadadeiras peitorais nem pélvicas, e as nadadeiras dorsal e anal continuam com a caudal. Possui uma só abertura branquial localizada sob a cabeça. O corpo é nu (sem escamas) e pr oduz grande quantidade de mucosa tornando-o de difícil contenção. Pode atingir mais de 1 m de comprimento.
Habitat: charcos e águas pobres em oxigênio.
Ocorrência: em todo o Brasil.

Hábitos: adapta-se a condições extremas. É muito resistente a falta de oxigênio, podendo sobreviver a longos períodos enterrado na lama. Quando falta água num açude, e todos os peixes morrem por falta de oxigênio, o mussum ainda sobrevive, geralmente numa minúscula poça de lama. Isso é possível graças a uma câmara bucal altamente irrigada que permite a troca de gases.
Alimentação: carnívoro voraz, alimenta-se de peixes e insetos.
Ameaças: é muito utilizado como isca na pesca do dourado.


Algumas características do peixe moréia


Peixe Apode (sem pé) é parecido com uma cobra, sendo por isso chamado de serpente ou mais comumente enguia do mar. Normalmente não possui escamas, tendo uma única nadadeira (as nadadeiras de fundiram) que contorna quase todo o corpo. Mede em geral de 1 a 3 metros. Nada ondulando o corpo como uma serpente e vive entocada em frestas ou buracos, só com a cabeça para fora. De hábitos noturnos, pode ser as vezes encontrada de dia, alimentando-se basicamente de pequenos peixes, polvos e crustáceos.
- Sua aparência agressiva se deve por ela ficar com a boca aberta. Esta não é uma atitude intimidatória e sim uma necessidade, é o único jeito que possui para fazer passar água pelas guelras suprindo seu corpo do vital oxigênio. Apesar de muito temida não há risco dela sair da toca atrás de um mergulhador para mordê-lo. O risco é o mergulhador enfiar a mão dentro da toca e receber uma mordida, os dentes da moréia são finos e penetrantes. Alguns estudiosos acreditam que alguns dentes possuem veneno provocando além de graves ferimentos, infecções. Outros já acreditam que a infecção é resultante da comida em decomposição nos dentes. Outro grande risco é alimentá-la e, numa distração, ter os dedos ou a mão mordida.
- No caso de uma mordida com ferimento profundo é necessário estancar o sangue através de torniquete ou compressa, normalmente não há comprometimento de vasos sanguíneos de grande calibre. Tomar analgésicos e líquidos, preferencialmente soro, se tiver muita perda de sangue.

Classe Osteichthyes

A classe recebeu este nome porque é constituída de peixes cujo esqueleto é ósseo . Esses peixes estão bem adaptados a qualquer meio aquático, e por essa razão, a grande maioria dos peixes existentes atualmente tanto nos mares como nos rios, são ósseos.








Pirarucu
Esta espécie de peixe possui características biológicas e ecológicas bem distintas: De grande porte, sua cabeça é achatada e ossificada, com um corpo alongado e escamoso. Pode crescer até três metros de comprimento e pesar cerca de 250 kg, possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão, no exercício da respiração aérea, obrigatória principalmente durante a seca, ocasião em que os peixes formam casais, procuram ambientes calmos e preparam seus ninhos, reproduzindo durante a enchente; é papel do macho proteger a prole por cerca de seis meses. Os filhotes apresentam hábito gregário, e durante as primeiras semanas de vida, nadam sempre em torno da cabeça do pai, que os mantém próximos à superficie, facilitando-lhes o exercício da respiração aérea.
Apesar de ser uma espécie resistente, suas características ecológicas e biológicas o tornam bastante vulnerável à ação de pescadores. Os cuidados com os ninhos, após a desova expõe os reprodutores à fácil captura com redes de pesca ou arpão. Durante o longo período de cuidados paternais, a necessidade fisiológica de emergir para respirar ocorre em intervalos menores, ocasião em que os peixes são pescados. O abate dos machos nestas circunstâncias e também a longa fase de imaturidade sexual dos filhotes, conhecidos como "bodecos" onde seu peso varia entre 30 e 40 quilos, propicia a captura destes por predadores naturais como as piranhas, fazendo assim com que o sucesso reprodutivo da espécie seja diminuído.
O Pirarucu não apresenta dimorfismo sexual externo, salvo quando em época de reprodução, que apresenta diferenças nas colorações de suas escamas

 
Só para lembrar!!
Diferenças entre peixes cartilaginosos e ósseos:

PEIXES CARTILAGINOSOS                                                      PEIXES ÓSSEOS
Escama placóideEscama ctenóide, ciclóide ou ganóide
Boca ventralBoca frontal
Ausência de opérculo *Presença de opérculo
5 a 7 pares de fendas branquiais1 fenda branquial de cada lado
Cada fenda tem 1 brânquiaCada fenda tem 4 brânquias
Linha LateralLinha Lateral
Presença de cloacaApresenta ânus
Ausência de bexiga natatóriaPresença de bexiga natatória
Nadadeira caudal heterocercaNadadeira caudal homocerca
* Exceto as quimeras

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